Catarinense rifa o próprio carro para custear tratamento de câncer de mulher e vencedor devolve prêmio

Um morador de Xanxerê, no Oeste catarinense, rifou o próprio carro para custear as despesas do tratamento de câncer da companheira. O sorteio ocorreu na segunda-feira (20) e foi transmitido em tempo real em uma das redes sociais do pintor Valdir Ribeiro.

Ao encontrar o ganhador, Vinicius Moraes, o pintor foi informado que o mesmo não ficaria com o veículo.

O meu prazer era ganhar [a rifa] para poder devolver o carro para ele “, disse o vencedor.

Valdir explicou que o Chevette preto do ano 1978 é utilizado por ele para trabalhar e para levar Marisete Terezinha dos Santos Ribeiro até Chapecó, na mesma região, onde ela realiza consultas oncológicas que precisa além de realizar a quimio e radioterapia.

“Deu uma adrenalina, eu não esperava. A gente estava pronto para entregar o carro. Fiquei aliviado e alegre. Meu presente de Natal e Ano Novo tá na mão”, disse o pintor Valdir Ribeiro.

O momento da entrega do veículo também foi gravado e publicado por Valdir nas redes sociais.

“Eu sei porque ele ele fez [a rifa], sei o que ele já passou na vida. Então, o carro eu não quero. Eu vou devolver o carro. Jamais vou querer”, diz no vídeo o vencedor da rifa, Vinícius Moraes.

A rifa arrecadou R$ 5 mil, segundo o pintor. Os dois vivem com a renda que vem do trabalho autônomo de Valdir. Contudo, o montante não é suficiente para manter a casa e o tratamento de Marisete, que necessita de remédios comprados pela família. Foi por isso que Valdir resolveu rifar o carro.

Descoberta do câncer e a ideia de rifar o carro

Valdir conta que a descoberta do câncer da companheira ocorreu em 2018. Marisete foi diagnosticada com câncer pélvico e no intestino grosso. O casal perdeu um filho para a mesma doença, segundo o pintor.

“Ela passou por uma cirurgia para a biopsia e desde então utiliza a bolsa de colostomia”, afirma o pintor.

O morador de Xanxerê conta que o tratamento da mulher requer cuidados especiais e que ele, que atua de maneira autônoma, não conseguia continuar trabalhando e ajudando a companheira em casa.

“Ela passa muito mal, tem ansiedade e às vezes fica muito fraca. Para não me apertar, resolvi fazer a rifa do Chevette”, lembra ele.

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