Com medo de maldição, funcionária fez depósitos milionários em 11 contas bancárias

 

A funcionária  do setor financeiro de uma empresa de agronegócios de Dourados, que desviou mais de R$ 50 milhões,  registrou boletim de ocorrência há uma semana na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) de Dourados. A informação é do delegado do SIG (Serviço de Investigação Geral), Rodolfo Daltro.

Segundo o delegado, a vítima relatou que estaria sendo vítima de extorsão por parte de uma mãe de santo e que isso estaria ocorrendo há aproximadamente 30 dias. A denunciante relatou que recebia atendimento espiritual dessa pessoa desde 2018, e que a mesma “passou a exigir as transferências de valores da empresa sob pena de ser lançada uma maldição que ao final culminaria com a prática de suicídio”.

Conforme relatos da funcionária, a mãe de santo disse que outra guru espiritual entraria em contato, devendo ser obedecido tudo o que ela ordenava, o que acabou acontecendo. “Assim, a funcionária da empresa disse que com medo de sofrer sanções de cunho espiritual passou a realizar transferências para contas bancárias apontadas pelas duas mulheres que, ao final de 30 dias, que seria um período de penitência, somaram mais de 50 milhões de reais”.

Segundo o delegado, ao ser relatado o caso,  foi apresentada uma planilha, onde foram identificadas onze contas bancárias que receberam transferências que somaram 50,8 milhões de reais. “Imediatamente foram colhidos depoimentos da funcionária que supostamente seria vítima de extorsão, de funcionários da empresa lesada e de outras testemunhas”, explicou Daltro.

O delegado responsável pelo caso também explicou que foi realizada a apreensão do aparelho celular utilizado pela funcionária da empresa para se comunicar com as mulheres que seriam mães de santo, com o objetivo de ser analisado o teor das conversas, o que poderia confirmar a extorsão.

“No mesmo dia a Polícia Civil, por meio do SIG de Dourados, apresentou extensa representação ao Poder Judiciário, buscando o afastamento do sigilo e a indisponibilidade dos valores existentes nas onze contas bancárias que receberam as milionárias transferências, visando recuperar os valores desviados da empresa”, disse Daltro .

Midiamax

 

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