Diretor do Instituto Butantan acredita ser possível registrar CoronaVac em novembro; vacinação começaria em dezembro

 

São Paulo — O governo de São Paulo informou, nesta quarta-feira (30), que pretende começar a vacinar os profissionais da Saúde que lidam diretamente com o novo coronavírus em 15 de dezembro. A medida, no entanto, ainda depende da aprovação do imunizante CoronaVac pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A fórmula chinesa está na fase final de testes.

Atualmente, a CoronaVac está em fase 3 de testes. Até o momento, os estudos não mostram efeitos adversos significativos da vacina. Segundo o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, 7 mil dos 13 mil voluntários brasileiros previstos já foram vacinados — a expectativa é que esta fase termine no próximo dia 15.

— Depois de 15 de outubro, não se vacina mais, apenas acompanhamos os voluntários. O calendário então depende da incidência dos casos de Covid-19 nos 13 mil voluntários — explicou Dimas Covas.

Quando ocorrer a infecção em ao menos 61 voluntários, já que alguns receberam apenas placebo, no chamado teste “duplo cego”, será possível entrar com a remessa de documentação. Depois, quando 154 tiverem a infecção, haverá uma demonstração mais clara da eficácia da vacina.

— Esperamos que até o fim de novembro esses dados estejam disponíveis para permitir o registro pela Anvisa. Mas isso ainda é uma projeção — ressaltou Covas.

O governador João Doria (PSDB) ainda espera sinalização do Ministério da Saúde sobre a compra das 60 milhões de doses da CoronaVac já previstas em contrato com a farmacêutica Sinovac. Esse aceno do governo federal autorizando a compra para aplicar a vacina via Programa Nacional de Imunização (PNI) ainda não feito. Doria, que é adversário político do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), destacou que não vai deixar de aplicar o imunizante na população paulista caso haja divergência política ou ideológica.

— Se pudermos, faremos em conjunto com o governo federal através do Ministério da Saúde — disse Doria, em entrevista coletiva. — Se houver qualquer atitude de ordem política, ideológica ou discriminatória em relação a São Paulo, São Paulo faz a imunização dos brasileiros aqui.

A previsão é de que 6 milhões de doses cheguem ao Instituto Butantan prontas para uso este mês. Depois, serão processadas na fábrica brasileira 40 milhões de doses até dezembro e mais 14 milhões até fevereiro. O governo de São Paulo assinou nesta quarta-feira (30) o contrato com a Sinovac referente às 60 milhões de doses, no valor de R$ 90 milhões.

Fonte: Extra

 

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