Laços de Família: PM apontado como líder de quadrilha presa pela PF em 2018 é afastado

 

Nesta terça-feira (18), foi publicado no Diário Oficial do Estado o afastamento da função pública do subtenente da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul) Silvio Cesar Molina Azevedo. Preso pela Polícia Federal, ele ainda integra o quadro de servidores do Governo e recebe salário de mais de R$ 10 mil, conforme o Portal da Transparência.

A publicação trata do afastamento da função pública do militar, em cumprimento de medida cautelar conforme decisão de processo sigiloso, com efeitos a contar do dia 10 de maio. O afastamento é assinado pelo Comandante-Geral da PMMS, coronel Marcos Paulo Gimenez, datada de 17 de maio.

Laços de Família

A operação deflagrada pela Polícia Federal ‘Laços de Família’, em Mato Grosso do Sul e em mais quatro estados em junho de 2018, prendeu o policial militar Silvio Cesar Molina, apontado como chefe de organização criminosa ligada ao tráfico internacional de drogas e que atuava na região do cone-sul do Estado.

Molina seria dono de uma Ferrari, que custa mais de R$ 500 mil, mostrando como os bens adquiridos eram de valor muito superior ao salário como oficial. Ele trabalhava em Eldorado e atuava junto à família no crime em Mundo Novo. Quinze integrantes da quadrilha foram presos durante a deflagração da operação no Estado.

A sede da organização criminosa ficava em Mundo Novo, onde foram presas 13 pessoas. Outras duas prisões aconteceram em Naviraí e em Eldorado. Uma mulher, que usava tornozeleira eletrônica, ajudava no financiamento e lavagem de dinheiro da organização que atuava de forma semelhante à máfia: os chefes da organização eram da mesma família e tinham estreita ligação com o PCC (Primeiro Comando da Capital).

Para impor medo e respeito aos adversários, o grupo praticava torturas em crimes violentos. A quadrilha era tão organizada que usava ao menos 10 empresas de fachada para lavar o dinheiro do narcotráfico. A PF estima que, antes da operação, já tinha provocado um prejuízo de R$ 61 milhões à família com apreensões de drogas, joias, dinheiro e bens móveis e imóveis.

Durante as ações foram apreendidos R$ 310 mil para pagamentos de drogas, R$ 80 mil em joias e cinco embarcações, sendo quatro iates.

Com informações do Midiamax

 

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