O que Moro diz privadamente sobre sua candidatura e o que os outros têm dito sobre ele

Nas conversas que têm feito com políticos em Brasília nos últimos dias, Sergio Moro tem repetido aos interlocutores uma espécie de roteiro de suas intenções na política.

Moro assume sem rodeios que está se filiando ao Podemos no dia 10 com o objetivo de disputar a Presidência da República. Não fala na possibilidade de disputar outros cargos.

Mas admite que, mais à frente, estaria disposto a abrir mão de sua pré-candidatura se for isso for necessário para fazer decolar uma candidatura que enfrente com chances Lula ou Jair Bolsonaro.

Moro admite também que precisa abrir o leque de suas intervenções e preocupações, hoje centradas no combate à corrupção e em assuntos de segurança pública. Para isso, estaria conversando com economistas e especialistas de várias áreas.

Mas e o que dizem dele, também em conversas privadas, os políticos do centro à direita?

Existe um quase consenso que Moro vai lançar sua pré-candidatura no dia 10 para testá-la nos próximos meses. O objetivo é o mais óbvio possível: ver se decola nas pesquisas. E daria um prazo, até março ou abril, para definir se leva a aposta adiante ou freia, sai da pista, apoia outro candidato e vira candidato ao Senado por São Paulo ou pelo Paraná.

De modo geral, os políticos não acreditam que sua candidatura emplaque. Avaliam que Moro tem uma base considerável para lançar-se, mas uma rejeição que não permitiria ter chances reais para chegar ao segundo turno. Em resumo, seria um grande eleitor, nunca um candidato com condições de vencer.

Outro quase consenso é que Moro já teria acertado uma dobradinha com João Doria e seria o candidato apoiado por Doria para o Senado em São Paulo — se Doria for o candidato do PSDB, claro.

Fonte: O Globo

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