Empresário emociona web ao rezar ajoelhado em frente de padaria no interior de SP
O dono de uma padaria gerou comoção ao ser flagrado ajoelhado, rezando em frente ao comércio de Votuporanga (SP). Uma fotografia do momento de oração foi publicada na terça-feira (23) e viralizou nas redes sociais.
O gesto do empresário foi visto como exemplo de fé e esperança. “Muito lindo. As súplicas têm muito poder”, escreveu um internauta no post. “Achei muito legal, quem não acredita, respeita. Ninguém tira essa fé de você”, disse outro.
A publicação nas redes sociais já alcança mais de 1 milhão de visualizações, 200 comentários e 15,4 mil curtidas nesta quarta-feira (24).
O momento foi flagrado pela DJ e produtora de eventos, Juliana Balbi, que voltava de um trabalho e passou pelo local. Ela fez a postagem original no Facebook no dia 13 de maio. Na legenda, explicou que o proprietário da padaria é apelidado de “Bacurau” e que costuma orar antes de abrir o estabelecimento, ainda na madrugada.
“Todo dia que eu passo de madrugada e vejo ele orando antes de abrir seu estabelecimento eu me emociono muito. Eu vejo essa cena dele faz tempo e hoje resolvi postar, porque realmente é lindo, é emocionante”, escreveu.
Empresário conta que quase fechou padaria e solidariedade ajudou a vencer: ‘Vendedor me deu farinha’
O dono da padaria que foi flagrado rezando de joelhos em frente ao local, em Votuporanga (SP), contou que há anos costuma fazer preces no local, principalmente depois de quase fechar o comércio. Uma fotografia do momento foi publicada na terça-feira (23) e viralizou nas redes sociais.
Ao g1, Ademir Aparecido Gardini, conhecido como “Bacurau”, explicou que a padaria foi fundada em 1983 pelos proprietários anteriores. O estabelecimento foi comprado por ele e família em 2000. Desde então ele trabalha no local.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2023/i/S/k9oAdHRm22ma04UsWxQA/250523-2-.png)
Dono de padaria, Ademir Aparecido Gardini, de 56 anos, comprou a padaria em 2000 em Votuporanga (SP) — Foto: Ademir Aparecido Gardini/Arquivo pessoal
Segundo o empresário, o começo foi difícil, já que não tinha dinheiro para comprar sequer um saco de farinha para produção dos pães.
Após alguns anos de trabalho, outro problema: uma inspeção da Vigilância Sanitária identificou irregularidades. Desde a vistoria da equipe, Ademir conta que precisou investir para fazer uma grande reforma no comércio, o que alterou o seu planejamento financeiro e levantou dúvidas sobre a continuidade da padaria.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2023/C/I/YB3IBpQ2qLvHVsaDKSbA/250523-1-.png)
Padaria em Votuporanga já enfrentou problemas como a Vigilância Sanitária e a pandemia — Foto: Ademir Aparecido Gardini/Arquivo pessoal
“Foi há 10 anos que quase vendemos a padaria, ficamos com dívida no banco. Temos rastro até hoje. Nós só não fechamos porque temos muita garra de vencer e até hoje a gente paga pela reforma. Não desejo para ninguém”, disse.
Com a pandemia do coronavírus, o empresário de 56 anos novamente enfrentou dificuldade, por se tratar de um comércio que precisou suspender as atividades. À época, com o endurecimento das restrições, Ademir lembra que foi ajudado por fornecedores.
“Tentamos respirar dessa crise e veio a pandemia. Sem um dinheiro no bolso, um vendedor começou a me dar farinha. Tive fornecedores que me ajudaram muito, os funcionários e os clientes que não nos abandonaram”, contou.
Fonte: G1