Feliz dia dos namorados para quem? 5 fêmeas de animais que matam os machos após o sexo
O canibalismo sexual é um comportamento comum no reino animal. A prática acontece quando as fêmeas matam e comem seus parceiros após o acasalamento – uma estratégia que, embora não pareça, pode ser benéfica para as espécies. Comum entre insetos e aracnídeos, o ato contribui para que a fêmea alimentada consiga dar sequência à sua linhagem. Neste dia dos namorados, veja abaixo alguns exemplos de animais que compartilham esse hábito, digamos, não lá muito romântico.
Louva-a-deus
O louva-a-deus é um dos animais mais conhecidos por morrer após o sexo. No caso desses insetos, as fêmeas são maiores e mais fortes do que os machos, e tem uma maior facilidade em capturar suas presas. As fêmeas exalam feromônios para atrair os machos e conseguir acasalar.
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Porém, quando ele se aproxima em uma tentativa de se reproduzir, a fêmea pode atacá-lo e decapitá-lo. Isso porque, mesmo numa condição de “zumbi” sem cabeça, os machos ainda conseguem acasalar — o corpo é controlado pelos nervos do seu abdômen.
O comportamento é benéfico para a fêmea, pois dar luz a cerca de 100 ovos exige um gasto de energia muito grande e ao comer o macho, ela consegue se nutrir para posteriormente dar a luz. Embora não pareça, a prática também é positiva para os machos, pois garante que seus genes serão passados adiante.
Além disso, algumas fêmeas de louva-a-deus conseguem se reproduzir por partenogênese, de forma assexuada, sem a necessidade de um macho para a fecundação. Ao se alimentar de machos, a fêmea fica nutrida, contribuindo para esse tipo de reprodução.
Viúva-negra
O canibalismo sexual também é praticado pela aranha viúva-negra. Assim como nos louva-a-deus, as fêmeas são maiores do que os machos — praticamente o dobro de tamanho. As teias das fêmeas são construídas com feromônios e os machos são atraídos.
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Os machos cortam partes da teia e exalam o seu cheiro para mascarar o feromônio da fêmea. Para acasalar, o macho precisa chegar muito próximo da fêmea e, para isso, ele acaba colocando partes do seu corpo entre as mandíbulas dela. A manobra arriscada pode custar sua vida, pois ele fica condicionado ao instinto predatório da parceira. O comportamento acontece mais frequentemente com espécies em cativeiro.
Sucuri-verde
No caso das sucuris-verdes, o acasalamento pode acabar com mais de um macho servindo de alimento. As fêmeas dessa espécie são poliândricas, ou seja, acasalam com mais de um macho em um processo chamado “bola de reprodução”. Com isso, às vezes mais de 10 machos se amontoam na fêmea, competindo pela cloaca (cavidade do aparelho genital), na tentativa de acasalar.
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O processo de acasalamento pela bola de reprodução pode durar até quatro semanas. Nesse período, a fêmea já acasalou com muitos machos diferentes.
Embora as sucuris-verdes fêmeas sejam maiores do que os machos, seus movimentos ficam limitados durante a gestação, e ela se arrasta muito lentamente. Logo, após o acasalamento, comer um ou dois machos, contribui para que as fêmeas tenham os nutrientes necessários para conceber os filhotes.
Escorpião
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Em apenas uma ninhada, as fêmeas de escorpiões podem gerar 100 filhotes. Dar a luz e cuidar dos descendentes, exige muito gasto de energia para as fêmeas e por isso, elas podem comer seus parceiros.
Os escorpiões são vivíparos, ou seja, o embrião se desenvolve dentro do corpo da mãe e não nascem por ovos. Com isso, o gasto energético do corpo da fêmea é ainda maior e ao comer um macho, ela consegue obter sustento. Em último caso, as fêmeas se alimentam dos filhotes para sobreviver.
Polvo
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Durante o processo de reprodução dos polvos, os machos injetam quantidades significativas de esperma na fêmea através de um dos seus braços denominado hectocótilo. Após o acasalamento, as fêmeas matam e comem os machos. Posteriormente, é comum que as fêmeas morram após parir os filhotes. No entanto, o canibalismo entre essas espécies acontece até mesmo entre os filhotes, que às vezes comem uns aos outros para sobreviver.