Católicos celebram 300 anos de Fé na Padroeira na basílica em Aparecida

Expectativa é receber 200 mil romeiros nesta quinta-feira (12), Dia de Nossa Senhora Aparecida. Confira a programação da festa.

Católicos de todo país celebram o Dia da Padroeira, comemorado nesta quinta-feira (12), no Santuário Nacional em Aparecida (SP) – maior templo católico do país. Neste ano, a data marca o jubileu dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida. A expectativa da administração da basílica é receber cerca de 200 mil romeiros.

Ela é feita de barro, tem 36 centímetros de altura e pesa 2,50 kg. Mas, não se engane: essa frágil estátua de Nossa Senhora da Conceição Aparecida tem uma força excepcional. Todos os anos, ela recebe uma média de 12 milhões de visitantes em sua casa, o maior santuário mariano do mundo, a 180 quilômetros de São Paulo (SP). Só nesta quinta-feira, o dia em que se comemoram os 300 anos de sua “aparição” no rio Paraíba do Sul por três pescadores, são esperados 200 mil peregrinos. “Aparecida conquistou o Brasil antes mesmo de existir em nosso país um hino (1822) ou uma bandeira nacional (1889). A santinha foi o primeiro símbolo realmente brasileiro e de alcance nacional”, afirma o jornalista Rodrigo Alvarez, autor de Milagres – Histórias Reais sobre Acontecimentos Extraordinários Atribuídos à Intervenção de Nossa Senhora Aparecida (Record), o segundo volume dedicado à padroeira do Brasil.

Se a capela original, inaugurada em 1745, tinha 32 palmos de largura por 76 de comprimento (cerca de sete metros por 16), a basílica hoje ocupa uma área de 72 mil m². É no interior dela que está a principal atração do santuário: a imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, com seu manto azul e sua coroa de ouro –esta, doada pela princesa Isabel, em 1884.

Um dos pontos mais visitados do santuário é a sala das promessas. Lá, romeiros do Brasil inteiro podem deixar fotos e objetos em retribuição a graças alcançadas. Todos os meses, cerca de 18,5 mil itens são doados –de vestido de noiva a foto de miss, passando por caixote de engraxate, placa de carro, luva de boxe e máquina de costura.

Mas, nem só de milagre e devoção é feita a história de Aparecida. O capítulo mais triste foi escrito no dia 16 de maio de 1978, quando Rogério Marcos de Oliveira, de 19 anos, tirou proveito de uma repentina queda de luz para tentar roubar a imagem. O sujeito correu até o nicho, bateu com força no vidro e, depois de quebrá-lo, fugiu em disparada. Perseguido pelos fiéis, deixou a imagem cair no chão.

Na mesma hora, Rogério foi para a prisão e a Aparecida, para o Museu de Arte de São Paulo (Masp). “Mais do que restaurar a imagem, tive que reconstituí-la”, conta a artista plástica Maria Helena Chartuni, de 75 anos, que ajudou a dar um final feliz à história que já dura 300 anos.

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