Gilmar Mendes nega pedido para libertar acusado de contaminar mulheres com HIV

 

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou um pedido de liberdade apresentado por Renato Peixoto Leal Filho, acusado de contaminar propositalmente mulheres com o vírus HIV.

Renato está preso desde julho, após ter a prisão decretada pela Justiça do Rio e passar pouco mais de um mês foragido. Ele responde pelos crimes de lesão corporal gravíssima e tentativa de lesão corporal.

Para Gilmar Mendes, o modo como o suspeito agia e o número de vítimas mostram que ele precisa continuar, preso para não voltar a cometer crimes.

“A periculosidade do agente evidencia-se pelo modus operandi e pela quantidade de vítimas identificadas. Nesse sentido, somente a custódia cautelar poderá coibir a prática reiterada de novos delitos”, apontou.

As investigações tiveram início no fim de agosto de 2015, quando uma das supostas vítimas procurou a polícia para denunciar Peixoto. Já na 16ª DP (Barra da Tijuca), que assumiu o caso, uma segunda mulher foi ouvida e fez um relato semelhante. Segundo elas, o réu abordava moças pelas redes sociais e as convencia a sair. Posteriormente, sem informar sobre a doença, insistia para fazer sexo sem o uso de preservativo.

Meses antes de o registro de ocorrência ser feito, uma jovem de 23 anos que morou com Renato começou a procurar outras mulheres que teriam se envolvido com ele, com o intuito de alertá-las. Duas delas também conversaram com o EXTRA e confirmaram ter mantido relações sexuais com o suspeito, sem preservativo e sem saber de sua condição. Nenhuma das três, porém, chegou a ser contaminada pelo HIV.

Elas também reuniram áudios com ameaças feitas por Peixoto e vídeos, também enviados às supostas vítimas e entregues à polícia, em que ele aparece transando sem camisinha com várias mulheres.

Após a divulgação do caso, Renato conversou com o EXTRA para contar sua versão dos fatos. Ele admitiu ser soropositivo e ter transmitido a doença para duas ex-companheiras, mas negou as acusações feitas na delegacia por duas supostas vítimas, que relataram uma insistência do réu para manter relações sexuais sem o uso de preservativo e sem nenhum tipo de aviso sobre sua condição de saúde.

— Eu nunca fiz isso (transar sem comunicar ser portador do HIV). E ninguém veio pra mim, falar comigo, que foi contaminada — garantiu.

Fonte: Extra.globo

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