MS em alerta: Policiais penais são transferidos da Máxima após ameaças e ataques do PCC

Dois policiais penais estaduais foram transferidos nesta semana do Presídio Jair Ferreira de Carvalho, a Máxima, após ameaças e ataques da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), segundo informações obtidas pelo Jornal Midiamax. As penitenciárias federais também estão no alvo da facção.

Informações obtidas pelo Midiamax são de que a casa de um dos agentes transferidos teria sido alvejada a tiros, sendo que depois do ataque, o policial penal e outro colega foram transferidos de Campo Grande para a segurança dos agentes.

Um alerta foi emitido pela Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), no dia 9 deste mês, com diretrizes para os agentes de segurança onde é pedido que, por exemplo, os policiais penais evitem exposições em redes sociais, colocando as redes sociais em modo ‘privado’.

Além de não adotarem rotinas de fácil mapeamento, não andar uniformizado nem com acessórios que possibilitem identificação funcional, quando não estiver exercendo atividades no órgão; ao adentrar recintos, tais como estabelecimentos comerciais, realizar a verificação do ambiente, visando identificar ameaças e rotas de fuga.

O alerta continua dizendo, evitar estacionar e transitar em locais ermos; configurar em seus celulares as chamadas de emergência direcionadas aos órgãos de segurança pública. 

Um alerta parecido foi emitido no dia 27 de outubro deste ano, pela Coordenação Geral de Inteligência do sistema penitenciário federal, que pedia para que os servidores permanecessem em alerta máximo. No documento, os alvos da facção já teriam sido identificados e alertados sobre os riscos. Ainda pede-se para que os agentes evitem transitar por lugares ermos, evitar andar uniformizados ou com qualquer acessório que identifique os policiais penais. 

Jornal Midiamax entrou em contato com a Agepen para saber da situação em Mato Grosso do Sul, e foi relatado que as transferências foram feitas a pedido. Confira a nota:

“A Agepen informa que, em relação à remoção dos policiais penais da Máxima, foram realizadas “a pedido do servidor” e a Gerência de Inteligência Penitenciária (Gisp) descartou qualquer ameaça aos servidores transferidos. Sobre o alerta mencionado pela Senappen, se refere às atividades inerentes à profissão na segurança pública e, que toda e qualquer alteração, são realizadas orientações aos Policiais Penais, pela GISP.”

Alerta penitenciárias federais

O plano da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) em executar policiais penais federais ainda está ativo, segundo documento descoberto. Em agosto de 2022, operação prendeu 7 membros da facção que planejavam atentados contra policiais e juízes no Estado.

As penitenciárias federais alvos da facção seriam no Distrito Federal e Mato Grosso do Sul, segundo documento obtido pelo Jornal Midiamax. A Coordenação Geral de Inteligência do sistema penitenciário federal emitiu o alerta para que os servidores permanecessem em alerta máximo.

No documento, os alvos da facção já teriam sido identificados e alertados sobre os riscos. Ainda pede-se para que os agentes evitem transitar por lugares ermos, evitar andar uniformizados ou com qualquer acessório que identifique os policiais penais. 

O alerta ainda pede para os agentes, que ao entrarem em estabelecimentos traçarem estratégia de fuga, caso algo aconteça. O documento foi emitido no dia 27 de outubro deste ano.

Plano do PCC em matar policiais e juízes

Após a interceptação de um bilhete em tom terrorista, em maio de 2022 com ameaças a juízes e à polícia, o Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) deflagrou no dia 30 de agosto de 2022, uma operação em conjunto com a Polícia Penal, que acabou na prisão de sete membros do PCC (Primeiro Comando da Capital).

Foram feitas operações pente-fino nas penitenciárias do Estado. As investigações apontaram que uma célula da facção criminosa, que estava estabelecida na região cone-sul do Estado, estaria se organizando para colocar em prática atentados contra servidores públicos. Os alvos seriam um investigador de polícia, um policial penal e um juiz. Os nomes dos presos da facção não foram divulgados.

Os servidores seriam alvo do PCC devido ao exercício de suas funções. Durante as investigações, foi descoberto que alguns integrantes, mesmo presos, de dentro dos presídios continuavam a dar ordens, que eram executadas por quem estava em liberdade.

Em 31 de agosto de 2016, um policial penal foi alvo de um atentado a tiros na cidade de Naviraí. Ele seguia em uma moto Honda Biz, quando os autores, em duas motos, se aproximaram e começaram a atirar. O ataque ocorreu próximo à capela mortuária da cidade, a 100 metros da delegacia da Polícia Civil local.

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