Golpista usa nome de advogados e faz vítima transferir dinheiro para ‘receber valor de processo’

Glauberth Holosback, de 33 anos, registrou boletim de ocorrência após estelionatários utilizarem o nome de seu escritório de advocacia para aplicar golpes em clientes em Campo Grande. Até o momento, ao menos três clientes foram vítima, porém apenas uma transferiu dinheiro, R$ 4,5 mil.

Conforme o advogado, os bandidos utilizam foto no perfil do WhatsApp, de um dos sócios do escritório, endereço e foto do local. Com acesso a dados das vítimas, o golpista entra em contato afirmando que havia liberação de crédito proveniente de processo judicial, qual a vítima realmente tem.

Mas para que receba o valor, indicando um valor alto, é necessário o pagamento de ‘alvará’. Segundo uma advogada também do escritório, o golpista utiliza termos jurídicos de forma errada. “Para quem é do meio, se lê “medida provisória e pagamento de alvará” bate o olho e vê que é golpe, mas quem não é habitualizada, vai cair. Precatória também não é paga assim, nem liberado dessa forma. 20 por centro não é praxe de honorário. Realmente são vários erros cruciais, mas sabemos que uma pessoa mais leiga acaba caindo”, detalhou.

O golpe foi percebido após o estelionatário entrar em contato com outra vítima. A mulher tentou retornar para o telefone, mas dava desligado. Então decidiu ligar no escritório, onde foi constatado o crime.

Ainda conforme Glauberth, quando registrava ocorrência na delegacia, foi informado que há casos semelhantes com outros colegas de profissão.

A OAB/MS chegou a emitir nota sobre a situação, para alertar a população e explicar como o criminoso age.

Um fictício advogado entra em contato por meio do WhatsApp e comunica sobre uma suposta autorização de processo que se encontra em fase de pagamento. As vítimas recebem uma mensagem em nome de um escritório fictício de advocacia pedindo que seja feito um pagamento para a liberação de precatório.


“Adverte-se a necessidade de todos se manterem alertas bem como alertarem seus clientes, para que não se repassem dados sensíveis ou valores sem a confirmação da veracidade dos contatos.

A OAB/MS cobrará rápida apuração dos fatos para que se garanta a necessidade segurança da relação advocatícia com seus constituintes”, diz a nota.

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