Nota de esclarecimento da Prefeitura de Iguatemi sobre o atendimento a criança indígena “Jadison” de Japorã

 

Conforme relatado pelo prefeito do município vizinho de Japorã/MS em reportagem a imprensa no último dia 21 de abril, a morte do menino indígena de nome “Jadison Martines” de dez anos, morador da aldeia Porto Lindo está trazendo questionamentos junto à secretaria municipal de saúde do município de Iguatemi do motivo de o caixão ter sido enviado de volta à sua comunidade lacrado e com adulterações no corpo da criança.

Conforme narrado pelo prefeito de Japorã Vanderlei Bispo, “Jadison” estava em casa, com os pais, quando teve um mal súbito. “Imediatamente o pai desesperadamente pediu socorro a Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI)”, disse o prefeito, acrescentando que as ambulâncias não estavam na aldeia e que a criança foi socorrida depois por um dos coordenadores pedagógicos da Secretaria de Educação da Prefeitura de Japorã.

Ocorre que, no dia 18 de abril, a criança deu entrada no Pronto Atendimento Municipal de Iguatemi, já em estado de óbito, o que foi constatado após análise da médica de plantão.

A médica cumpriu o protocolo de atendimento e como foi constatado o falecimento da criança desde a entrada no PAM de Iguatemi, o corpo do menino foi encaminhado imediatamente para o Instituto Médico Legal (IML) da cidade de Naviraí, onde foi periciado e devolvido com o caixão lacrado por ordem do médico legista daquela cidade diretamente para família para o velório, o que foi confirmado pelo próprio pai da criança.

Afirmamos que, conforme registros do atendimento da criança, que constatou sua entrada já em estado de óbito, este município não mantém nenhuma responsabilidade sob quaisquer violações ou adulterações do corpo de “Jadison”.

Declaramos ainda que, diariamente, recebemos pessoas vindas de outros municípios, em especial aos moradores da aldeia Porto Lindo localizada em Japorã/MS e são atendidas prontamente por nossos profissionais de saúde com todo respeito e atenção que todo ser humano tem direito e merece, e assim, SEMPRE SERÁ!

Todo e qualquer comentário que foram feitos em redes sociais ou mesmo aqueles que possam surgir sobre a responsabilidade deste município no tocante à morte ou violação do corpo da criança é inverídica.

Renovamos nosso compromisso com a saúde de toda população, garantidos em Lei e os atendimentos aqui realizados sempre terão como premissa a vida.

Iguatemi/MS, 25 de abril de 2018.

IVONI KANAAN NABHAN PELEGRINELLI

Secretária Municipal de Saúde de Iguatemi

 

O Caso conforme informações do Site Correio do Estado

Menino de 10 anos morre de mal súbito e corpo volta adulterado em caixão lacrado

A morte do menino indígena identificado como Jadson, de apenas dez anos, ocorrida justamente no Dia do Índio, na Aldeia Porto Lindo, em Japorã,  no extremo sul do Estado, está envolto de muito mistério. A informação partiu do prefeito da cidade, Vanderlei Bispo.

Conforme narrado pelo prefeito, Jadson estava em casa, com os pais, quando teve um mal súbito. “Imediatamente o pai desesperadamente pediu socorro a Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI)”, disse o prefeito, acrescentando que as ambulâncias não estavam na aldeia.

Bispo narra que “com o filho os braços o pai correu em direção ao município vizinho, Iguatemi. Vários veículos passaram por ele, mas ninguém parou”. Segundo o prefeito o pai de Jadson foi socorrido depois por um dos coordenadores pedagógicos da Secretaria de Educação da Prefeitura de Japorã.

Na manhã da última quinta-feira (19), conforme relato do prefeito, a criança foi velada com caixão lacrado na Casa de Reza do cacique Rosalino. Como o caixão estava lacrado os pais do menino pediram para que a urna funerária fosse aberta.

“O pai abriu o caixão e o que se viu foi uma cena macabra”, relatou Bispo. Segundo o prefeito a criança que tinha morrido de “mal súbito” estava com o crânio cortado e exposto e o corpo sequer foi preparado para o velório e dentro de um saco plástico, dentro do caixão estavam pedaços do cérebro e outras vísceras. “Um verdadeiro descaso”, reclamou o prefeito.

O pai da criança disse que o agente funerário afirmou que o caixão veio lacrado para o velório por recomendação do médico legista e em hipótese nenhuma deveria ser aberto. O caso ainda não foi registrado na polícia e o chefe da Coordenação Regional de Ponta Porã, Elder Paulo Ribas da Silva, foi procurado pelo Correio do Estado, através do telefone que não atendia as ligações.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *