Corregedoria quer imagens de policial que propôs sexo para ‘aliviar a barra’ de presa em MS

A Corregedoria-Geral da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul solicitou acesso às imagens captadas pelas câmeras de segurança da 2ª Delegacia de Polícia de Dourados, que mostram um investigador conversando com uma mulher presa por tráfico. O policial responde ação penal por corrupção passiva, após supostamente ter proposto favores sexuais em troca de “aliviar a barra da suspeita”.

As gravações constam em pendrive enviado à 2ª Vara Criminal daquela comarca. O conteúdo consiste em apenas vídeo, uma vez que as câmeras não eram capazes de registrar o som da conversa entre os envolvidos. No ofício encaminhado ao Judiciário, o delegado Sérgio Luiz Duarte, corregedor-geral, pede cópia dos arquivos para juntar ao processo administrativo disciplinar que apura a conduta do servidor.

Os fatos

A audiência de instrução e julgamento foi agendada para o dia 18 de abril, às 15h30, ocasião em que serão ouvidas as testemunhas de defesa e acusação, bem como o interrogatório do réu. Conforme denúncia oferecida pelo MPMS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul), no dia 14 de fevereiro de 2019, em cumprimento a um mandado de busca e apreensão, a Polícia Militar foi até a casa da mulher, que já era conhecida por envolvimento com tráfico no Jardim São Francisco, em Dourados.

Além disso, ela tinha passagens e era casada com um traficante. Durante a ação, os policiais apreenderam um celular, 20 pacotes de cigarro, R$ 7 mil, um caderno com anotações do tráfico e pequena porção de maconha. Diante dos fatos, a moradora do imóvel foi conduzida à 2ª Delegacia de Polícia.

Lá, a autoridade policial realizou os procedimentos pertinentes e determinou que o policial lavrasse um termo de compromisso, para que a suspeita fosse liberada. O acordo, tudo dentro da legalidade, era de que ela seria liberada, poderia voltar mais tarde para buscar alguns pertences e teria que comparecer quando intimada.

No entanto, em dado momento, o policial conduziu a mulher até uma sala de investigação, onde ficaram sozinhos. As informações são de que, na ocasião, ele exigiu vantagens sexuais à presa, alegando que, caso ela aceitasse, ele iria modificar o tipo de delito cometido e atribuiria a ela algo mais leve.

Apesar da oferta, a presa se recusou e então o policial civil passou a exigir dinheiro. Ele queria que ela repassasse o valor apreendido na casa dela. Para ser liberada, a mulher fingiu ter aceitado a proposta. Porém, quando retornou mais tarde à DP, pegou seus pertences e foi embora. O policial descobriu e foi atrás, fazendo com que ela lhe desse ao menos R$ 1 mil. O fato foi denunciado e foi aberta investigação.

Fonte: Midiamax

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